Sabe aquela matéria que vive pegando todo mundo de surpresa nas provas de concurso público? 😩
Sim, estamos falando do Português! E dentro dela, um dos assuntos que mais causa dor de cabeça é o tal dos pronomes oblíquos
Essas palavrinhas pequeninas — me, te, se, o, a, lhe, nos — parecem tranquilas, mas escondem várias regrinhas e pegadinhas. ⚠️
Um deslize na hora de usar ou posicionar o pronome pode te fazer errar uma questão boba e deixar pontos importantes escaparem na classificação.
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🎯 Por que esse assunto é importante nos concursos públicos?
As bancas adoram cobrar pronomes oblíquos porque eles testam:
- se você sabe reconhecer a função de um pronome na frase;
- se entende como o verbo se relaciona com o complemento;
- e se domina a colocação pronominal — um tema clássico nas provas da FGV, Cespe/Cebraspe, FCC e Vunesp.
Além disso, o uso correto dos pronomes é um dos pilares da norma culta da língua portuguesa, fundamental para qualquer candidato que queira trabalhar em cargos públicos.
🧠 Exemplo típico de questão de concurso
(CESPE) – Assinale a opção em que o uso do pronome oblíquo está incorreto:
A) O professor me explicou a dúvida.
B) A coordenadora lhe elogiou pela dedicação.
C) O diretor nos chamou para a reunião.
D) Os alunos se destacaram na prova.
Vamos analisar cada alternativa:
A) O professor me explicou a dúvida.
→ “me” é objeto direto (explicar algo a alguém → no português coloquial, “explicar” aceite objeto direto de pessoa, mas na norma culta seria “explicou a mim” ou “explicou-me”). Contudo, essa construção é aceita no português brasileiro informal e mesmo em muitos contextos formais, não sendo considerada incorreta em provas como a do CESPE, a menos que haja outra opção claramente errada.
B) A coordenadora lhe elogiou pela dedicação.
→ “lhe” é objeto indireto (elogiar alguém → objeto direto; elogiar a alguém → objeto indireto). No português padrão, “elogiar” rege objeto direto de pessoa: “elogiou-o” ou “elogiou-a”. Usar “lhe” com “elogiar” é considerado erro de regência (lheísmo). Esta é a incorreta.
C) O diretor nos chamou para a reunião.
→ “nos” como objeto direto (chamar alguém) → correto.
D) Os alunos se destacaram na prova.
→ “se” é pronome reflexivo/recíproco ou indicador de voz passiva pronominal, e está correto.
✅ Resposta correta: B
DEFINIÇÃO DE PRONOME OBLÍQUO
Quando você lê uma frase como:
“Maria me ajudou ontem.”
“O diretor lhe entregou o relatório.”
“Eles nos convidaram para o evento.”
… pode não perceber, mas está diante de um dos temas mais cobrados em provas de Português para concurso público: os pronomes oblíquos.
Essas palavrinhas curtas substituem partes da oração e evitam repetições. Além disso, têm um papel importantíssimo na estrutura da frase, funcionando como complementos verbais.
📘 O que é um pronome oblíquo?
👉 Pronomes oblíquos são aqueles que substituem o objeto direto ou indireto de uma oração e se ligam ao verbo.
Eles são chamados de “oblíquos” justamente porque aparecem “inclinados” na estrutura da frase, ou seja, dependem de outro termo (geralmente o verbo) para ter sentido.
🧩 Exemplo simples para entender de vez:
➡️ “João chamou Ana.”
Para não repetir o nome, você pode dizer:
➡️ “João a chamou.”
O pronome “a” substitui o nome “Ana”, mantendo o mesmo sentido, mas deixando a frase mais leve e elegante.
Ele está ligado ao verbo “chamar” e cumpre a função de objeto direto.
⚙️ Função sintática dos pronomes oblíquos
Os pronomes oblíquos funcionam como complementos verbais, podendo exercer:
- Função de objeto direto → quando completam o verbo sem preposição.
- Função de objeto indireto → quando completam o verbo com preposição.
Vamos ver os dois casos em ação 👇
💬 Exemplo 1 — Objeto direto (sem preposição)
“O professor o elogiou.”
(Quem elogia, elogia alguém — sem preposição)
➡️ “o” = objeto direto.
💬 Exemplo 2 — Objeto indireto (com preposição)
“O professor lhe respondeu.”
(Quem responde, responde a alguém — com preposição “a”)
➡️ “lhe” = objeto indireto.
🧠 Dica de prova: o verbo é quem manda!
Nas questões de concurso público, a diferença entre “o/a” e “lhe” costuma ser o ponto decisivo.
🔹 “o, a, os, as” → substituem objeto direto (sem preposição).
🔹 “lhe, lhes” → substituem objeto indireto (com preposição “a” ou “para”).
💡 Exemplo de pegadinha de prova:
(FGV) – Assinale a opção em que o uso do pronome oblíquo está incorreto:
A) A mãe lhe beijou no rosto.
B) O aluno se destacou na turma.
C) O professor nos explicou a matéria.
D) A coordenadora me elogiou.
Análise detalhada:
A) A mãe lhe beijou no rosto.
- Verbo “beijar” é transitivo direto quando significa “beijar alguém”.
- “Beijar no rosto” = beijar [alguém] no rosto → “alguém” é objeto direto.
- “Lhe” é pronome de objeto indireto (equivale a “a ele/ela”).
- Usar “lhe” no lugar do objeto direto “o/a” configura lheísmo (erro de regência).
- Forma correta: A mãe o beijou no rosto.
→ INCORRETA.
B) O aluno se destacou na turma.
- “Se” é pronome reflexivo/pronominal, correto.
→ CORRETA.
C) O professor nos explicou a matéria.
- “Explicar” é transitivo direto e indireto: explicar [algo] a [alguém].
- “A matéria” = objeto direto.
- “Nos” = objeto indireto (“a nós”).
→ CORRETA.
D) A coordenadora me elogiou.
- “Elogiar” é transitivo direto.
- “Me” = objeto direto (“a mim”).
→ CORRETA.
✅ Gabarito: A.
🧭 Em resumo:
- Pronomes oblíquos substituem o objeto do verbo.
- Dependem do verbo para ter sentido.
- Podem representar objeto direto ou indireto.
- São muito cobrados em provas de concurso público, principalmente por bancas como Cespe, FGV e FCC.
CLASSIFICAÇÃO DOS PRONOMES OBLÍQUOS
Os pronomes oblíquos se dividem em dois grandes grupos:
👉 átonos (que dependem do verbo) e tônicos (que vêm acompanhados de preposição).
Saber a diferença entre eles é essencial, porque as bancas adoram misturar os dois tipos nas alternativas das questões de concurso público.
Vamos entender cada um com calma e exemplos práticos. 👇
💬 1️⃣ PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS
Os átonos são os que não têm preposição e não aparecem sozinhos — eles sempre vêm colados ao verbo.
Esses pronomes não têm força própria na frase, por isso o nome “átonos” (sem tônica).
📘 Lista dos pronomes oblíquos átonos:
| Singular | Plural |
| me | nos |
| te | vos |
| se | se |
| o, a, lhe | os, as, lhes |
💡 Observação: o “se” pode ter vários sentidos — reflexivo, recíproco, apassivador, ou até índice de indeterminação do sujeito — e isso é matéria certa em concurso público, que veremos em um módulo próprio.
🧩 Exemplos de uso dos átonos:
- “Ele me ajudou na tarefa.”
- “O professor lhe explicou o conteúdo.”
- “Os alunos se abraçaram no final da aula.”
Perceba que em todos os casos o pronome depende do verbo e não pode aparecer isolado.
⚠️ Dica de prova: cuidado com os verbos que pedem preposição!
Um erro muito comum em provas de concurso público é trocar “lhe” por “o/a”, ou vice-versa.
Lembre-se:
- Verbos transitivos diretos → usam o, a, os, as.
- Verbos transitivos indiretos → usam lhe, lhes.
👉 Exemplos:
- “A moça o viu na rua.” (quem vê, vê alguém — sem preposição)
- “A moça lhe telefonou ontem.” (quem telefona, telefona a alguém — com preposição)
💬 2️⃣ PRONOMES OBLÍQUOS TÔNICOS
Os tônicos são os que vêm acompanhados de preposição (como a, para, de, com).
Diferente dos átonos, eles podem aparecer sozinhos e são usados principalmente depois de preposição.
📘 Lista dos pronomes oblíquos tônicos:
| Singular | Plural |
| mim, comigo | nós, conosco |
| ti, contigo | vós, convosco |
| ele, ela | eles, elas |
| si, consigo | si, consigo |
🧩 Exemplos de uso dos tônicos:
- “Ela trouxe um presente para mim.”
- “O professor quer falar comigo.”
- “Isso é importante para ela.”
💡 Dica rápida:
Evite usar “eu” ou “tu” depois de preposição.
O correto é:
- ❌ “para eu” (somente quando o verbo vem depois: para eu estudar)
- ✅ “para mim” (quando não há verbo: para mim, está certo)
Essa é uma das maiores armadilhas das provas de concurso público! 😅
🧠 Questão de concurso (CESPE)
Assinale a opção em que o uso do pronome oblíquo está incorreto:
A) O diretor entregou o relatório a ele.
B) O professor explicou o conteúdo a mim.
C) A coordenadora ofereceu ajuda para eu resolver o problema.
D) O aluno trouxe um presente para mim ler.
Vamos analisar cada alternativa:
A) O diretor entregou o relatório a ele.
→ “a ele” é uma forma de pronome preposicionado (preposição “a” + pronome “ele”). Não há uso de pronome oblíquo átono aqui, mas a construção é perfeitamente correta.
B) O professor explicou o conteúdo a mim.
→ “a mim” também é correto (preposição “a” + “mim”). É o complemento indireto na forma reforçada.
C) A coordenadora ofereceu ajuda para eu resolver o problema.
→ “para eu resolver” está correto, pois após preposição, com verbo no infinitivo, usa-se o pronome reto (“eu”) como sujeito do infinitivo.
D) O aluno trouxe um presente para mim ler.
→ Aqui há erro. Antes de verbo no infinitivo, se o pronome exerce função de sujeito (como em “mim ler”), deve-se usar o pronome reto (“eu”), não “mim”.
O correto seria: “para eu ler”.
“Mim” não pode ser sujeito; “mim ler” é incorreto.
✅ Gabarito: D.
📈 Em resumo:
- Átonos → ligados ao verbo, sem preposição (me, te, se, o, a, lhe…).
- Tônicos → usados com preposição, podendo aparecer sozinhos (mim, comigo, ti, contigo, ela, eles…).
- Saber quando usar cada tipo é fundamental para gabaritar Português em concurso público.
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FUNÇÃO SINTÁTICA DOS PRONOMES OBLÍQUOS
Entender a função sintática dos pronomes oblíquos é essencial para não cair nas pegadinhas das provas de concurso público.
É aqui que muita gente se confunde entre objeto direto e objeto indireto, e as bancas adoram explorar exatamente essa diferença.
🧩 Mas o que é “função sintática”?
A função sintática mostra o papel que uma palavra exerce dentro da oração.
No caso dos pronomes oblíquos, esse papel é, quase sempre, o de complemento verbal — ou seja, o pronome completa o sentido do verbo.
⚙️ Os dois tipos principais de complemento
- Objeto Direto → completa o verbo sem preposição.
- Objeto Indireto → completa o verbo com preposição (geralmente a ou para).
E os pronomes oblíquos podem desempenhar ambas as funções, dependendo do verbo que acompanham.
💬 1️⃣ Quando o pronome é objeto direto
Usamos os pronomes o, a, os, as, me, te, se, nos, vos (sem preposição).
📘 Exemplos:
- “O professor me elogiou.”
(Quem elogia, elogia alguém → sem preposição → objeto direto.) - “Ele a viu na rua.”
(Quem vê, vê alguém → sem preposição → objeto direto.) - “Eles nos convidaram para a formatura.”
(Quem convida, convida alguém → sem preposição → objeto direto.)
🧠 Questão de concurso (FGV)
Marque a alternativa em que o pronome oblíquo exerce a função de objeto direto:
A) O gerente lhe confiou uma tarefa importante.
B) A empresa lhe ofereceu benefícios.
C) O professor os cumprimentou cordialmente.
D) O diretor lhe pediu silêncio.
Analisando as alternativas:
A) O gerente lhe confiou uma tarefa importante.
- “Confiar” é transitivo indireto: confiar algo a alguém.
- “Lhe” = objeto indireto.
- ❌ Não é OD.
B) A empresa lhe ofereceu benefícios.
- “Oferecer” é transitivo direto e indireto: oferecer algo a alguém.
- “Benefícios” = OD.
- “Lhe” = OI.
- ❌ Não é OD.
C) O professor os cumprimentou cordialmente.
- “Cumprimentar” é transitivo direto: cumprimentar alguém.
- “Os” = objeto direto (refere-se a “eles”).
- ✅ Pronome oblíquo como OD.
D) O diretor lhe pediu silêncio.
- “Pedir” é transitivo direto e indireto: pedir algo a alguém.
- “Silêncio” = OD.
- “Lhe” = OI.
- ❌ Não é OD.
✅ Gabarito: C.
💬 2️⃣ Quando o pronome é objeto indireto
Usamos os pronomes lhe, lhes, pois eles sempre substituem o complemento com preposição (a ou para).
📘 Exemplos:
- “O professor lhe explicou a lição.”
(Quem explica, explica a alguém → objeto indireto.) - “O diretor lhes entregou os documentos.”
(Quem entrega, entrega a alguém → objeto indireto.) - “O médico lhe receitou o remédio.”
(Quem receita, receita a alguém → objeto indireto.)
⚠️ Dica matadora de prova:
Um verbo transitivo direto pede “o, a, os, as” (ou “me, te, nos” como OD).
Um verbo transitivo indireto pede “lhe, lhes”.
📌 Resumo visual:
| Tipo de verbo | Preposição | Pronome correto | Exemplo |
| Transitivo direto | ❌ não | o, a, os, as, me, te, se, nos, vos | “O professor me elogiou.” |
| Transitivo indireto | ✅ sim | lhe, lhes | “O professor lhe explicou.” |
Colocação Pronominal: Um Guia Simples
Os pronomes oblíquos (“me”, “te”, “se”, “o”, “lhe”, etc.) podem aparecer em três lugares diferentes em relação ao verbo: antes, no meio ou depois. Cada uma dessas posições tem um nome e regras específicas.
Imagine que o verbo é uma casa. O pronome pode ficar:
- Na frente da casa (Próclise)
- Dentro da casa (Mesóclise)
- Atrás da casa (Ênclise)
1️⃣ PRÓCLISE: O Pronome Antes do Verbo
O que é: É quando o pronome (me, te, se, lhe, o) vem ANTES do verbo.
Onde é comum: É a forma mais usada no dia a dia, na fala, e também aparece muito na escrita informal.
A regra de ouro: A próclise acontece quando existe uma “palavra-ímã” antes do verbo, que atrai o pronome para perto de si.
Quais são essas “palavras-ímã”?
- Palavras de Negação: não, nunca, jamais, ninguém, nada.
- Exemplo: “Não me lembro do seu nome.”
- Exemplo: “Nunca se esqueça de mim.”
- Pronomes Relativos: que, quem, onde, cujo.
- Exemplo: “Esta é a pessoa que me ajudou.”
- Pronomes Indefinidos: tudo, alguém, algo, nada.
- Exemplo: “Tudo me deixa feliz.”
- Pronomes Demonstrativos ou Interrogativos: isto, isso, aquilo, quem, qual.
- Exemplo: “Quem te contou essa história?”
- Conjunções Subordinativas: porque, se, quando, embora, como.
- Exemplo: “Se me derem a chance, eu vou.”
- Advérbios: aqui, ali, sempre, já, agora (quando não há pausa depois deles).
- Exemplo: “Aqui se constroem sonhos.”
🧠 Vamos Praticar com uma Questão de Concurso?
Assinale a opção em que o uso do pronome oblíquo está de acordo com a norma culta:
A) Nada o impede de tentar novamente.
B) Tudo o agrada nessa empresa.
C) Nada me desanima de estudar.
D) Tudo se resolverá rapidamente.
💡 Resposta Correta: C
Explicação detalhada:
- A palavra “Nada” é uma palavra negativa, ou seja, uma das nossas “palavras-ímã”.
- Ela atrai o pronome “me” para antes do verbo (“desanima”).
- Por isso, “Nada me desanima” está perfeitamente correto. As outras opções usam a ênclise (“o agrada”, “se resolverá”) em situações onde a próclise era necessária devido a “Tudo” e “Nada”.
2️⃣ ÊNCLISE: O Pronome Depois do Verbo
O que é: É quando o pronome vem DEPOIS do verbo.
Onde é comum: É uma forma considerada mais formal e elegante, muito usada em textos escritos (livros, leis, documentos) e exigida em provas de concurso.
A regra de ouro: Use a ênclise quando NÃO HOUVER nenhuma “palavra-ímã” antes do verbo.
📢 ATENÇÃO: Uma Regra Muito Importante!
Se o verbo estiver no começo da frase, NÃO se usa a ênclise! Nesse caso, usa-se a próclise.
- Incorreto: “Disse-me a verdade.” (verbo no início + ênclise = ERRADO)
- Correto: “Ela me disse a verdade.” (com uma palavra antes) ou “Disse-me ela a verdade.” (mas soa muito estranho).
🧠 Vamos Praticar com uma Questão de Concurso?
Assinale a frase em que o pronome está corretamente posicionado:
A) Se comunicou rapidamente.
B) Comunicou-se rapidamente.
C) Comunicou-se rapidamente ele.
D) Rapidamente comunicou-se.
💡 Resposta Correta: B
Explicação detalhada:
- Na frase “Comunicou-se rapidamente”, o verbo (“Comunicou”) não está no início absoluto da frase e não há nenhuma “palavra-ímã” antes dele (como “não”, “sempre”, etc.).
- Por isso, o uso da ênclise (“-se” depois do verbo) está perfeito.
3️⃣ MESÓCLISE: O Pronome no Meio do Verbo
O que é: É a forma mais rara e formal de todas. O pronome é inserido no meio do verbo.
Onde é comum: Quase só em textos muito formais, literários ou em provas para testar seu conhecimento.
A regra de ouro: A mesóclise é usada APENAS em duas situações:
- Quando o verbo está no Futuro do Presente (ex: falarei, dirá, faremos).
- Quando o verbo está no Futuro do Pretérito (ex: falaria, diria, faríamos).
- E somente quando não há nenhuma “palavra-ímã” antes do verbo.
📘 Exemplos:
- Futuro do Presente: “A verdade dir-se-á amanhã.” (Verbo “dirá” + “se” no meio).
- Futuro do Pretérito: “Eu conta-lhe-ia tudo se pudesse.” (Verbo “contaria” + “lhe” no meio).
Resumindo de forma prática:
Na linguagem do dia a dia, nós evitamos a mesóclise. No lugar de “Dar-te-ei um presente”, falamos “Vou te dar um presente” (usando a próclise com a locução verbal).
📋 Dicas rápidas de colocação pronominal:
| Situação | Regra | Exemplo |
| Palavra atrativa | Próclise | “Não me lembro disso.” |
| Verbo no início | Próclise (nunca ênclise) | “Se machucou o menino.” |
| Sem atrativo (verbo não no início) | Ênclise | “Comportou-se bem.” |
| Verbo no futuro (sem atrativo) | Mesóclise | “Dar-me-ei por vencido.” |
💬 ⚠️ Erros comuns em concursos:
🚫 Colocar o pronome depois do verbo no início da frase:
“Machucou-se o menino.” (ERRADO — verbo está no início, deveria ser “Se machucou o menino.”)
🚫 Usar “lhe” com verbo de OD:
“O vi ontem.” (CORRETO)
“Lhe vi ontem.” (ERRADO — “ver” não exige preposição)
🚫 Esquecer da mesóclise em verbos no futuro:
“Se direi a verdade.” (ERRADO)
“Dir-me-ei a verdade.” (CERTO)
🧭 REVISÃO GERAL
| Tópico | Regra essencial | Exemplo certo | Exemplo errado |
| Função | “lhe” = verbo com preposição “a” / “para” | “Expliquei-lhe a lição.” | “Expliquei-o a lição.” |
| Objeto direto | o, a, os, as | “Vi-o ontem.” | “Lhe vi ontem.” |
| Colocação (próclise) | palavra atrativa → pronome antes do verbo | “Não me ouviu.” | “Não ouviu-me.” |
| Colocação (ênclise) | verbo sem atrativo → pronome depois | “Comportou-se bem.” | “Se comportou bem.” |
| Colocação (mesóclise) | verbo no futuro, sem atrativo | “Dar-me-ei por satisfeito.” | “Me darei satisfeito.” |
| Reflexivo | sujeito pratica e sofre a ação | “Ela se machucou.” | “Ela machucou-se ela mesma.” |
🏁 CONCLUSÃO
Dominar o uso dos pronomes oblíquos é um passo enorme rumo à aprovação em concursos públicos.
Eles caem com frequência em questões de interpretação e gramática normativa, especialmente nas bancas FGV, CESPE, FCC e Fundatec.
👉 Se você entendeu:
- quando usar lhe ou o/a;
- onde colocar o pronome (próclise, ênclise, mesóclise);
- e como identificar sua função sintática…
então você já está à frente da maioria dos candidatos! 💪
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